O fato ocorrido na manhã do Domingo da Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). A partir deste fato os Apóstolos começaram a procurar o corpo morto de Jesus e o encontraram vivo.
São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1 Jo 1,1-2). O ressuscitado aparece a Madalena (Jo 20,19-23), aos discípulos de Emaus (Lc 24, 13-25), aos Apóstolos no Cenáculo, (Jo 20,19-23), no lago de Genezaré (Jo 21,1-24), na Galiléia (Mt 28,16).
Segundo São Paulo Apóstolo, “apareceu a mais de 500 pessoas” (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7). Paulo disse: “Porque antes de tudo, ensinei-vos o que eu mesmo tinha aprendido que Cristo morreu pelos nossos pecados [...] e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e foi visto por Cefas, e depois pelos Onze; depois foi visto por mais de quinhentos irmãos duma só vez, dos quais a maioria vive ainda hoje e alguns já adormeceram; depois foi visto por Tiago e, em seguida, por todos os Apóstolos; e, por último, depois de todos foi também visto por mim como por um aborto” (1 Cor 15, 3-8).
Segundo São Pedro: “Deus ressuscitou esse Jesus, e disto nós todos somos testemunhas” (At 2, 32). Diz São Pedro no dia de Pentecostes: “Saiba com certeza toda a Casa de Israel: Deus o constituiu Senhor (Kýrios) e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes” (At 2, 36). “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos”.( Rm 14, 9).
No Apocalipse, João arremata: “Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos, e tenho as chaves da Morte e da região dos mortos” (Ap 1, 17s).
Estes são argumentos suficientes para dissolver qualquer teoria que quisesse negar a ressurreição corporal de Cristo. Esta fé não surgiu “mais tarde”, como querem alguns, na história das primeiras comunidades cristãs, mas é o resultado da missão de Cristo acompanhada dia a dia pelos Apóstolos.
Jesus morreu na cruz de verdade. Os Apóstolos só podiam acreditar na ressurreição de Jesus pela evidência dos fatos, pois não estavam predispostos a admiti-la; ao contrário, haviam perdido todo ânimo quando viram o Mestre preso e condenado. Também para eles a ressurreição foi uma escândalo, pois seu Mestre foi preso e aparentemente fracassado e fugiram para não ser presos eles mesmos (Cf. Mt 26, 31s).Pedro renegou o Senhor (cf. Mt 26, 33-35).
O conceito de um Deus morto e ressuscitado na carne humana era totalmente alheio à mentalidade dos judeus. Os vinte longos séculos do Cristianismo, repletos de êxito e de glória, foram baseados na verdade da ressurreição de Jesus.
Semana Santa
Na Semana Santa, a Igreja celebra os mistérios da reconciliação, realizados pelo Senhor Jesus nos últimos dias da sua vida, começando por sua entrada messiânica em Jerusalém - o domingo de Ramos - com as Palmas celebramos a entrada de Jesus em Jerusalém e a liturgia da palavra que evoca a Paixão do Senhor.
Na Quinta-feira Santa celebramos a Ceia do Senhor.
A Sexta-feira Santa apresenta a morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança.
O sábado Santo celebra a grande vigília. "Segundo uma antiquíssima tradição, esta é a noite de vigília em honra do Senhor (Ex 12, 42).
O Domingo de Páscoa é o dia da Ressurreição do Senhor.
Feliz Páscoa a todos!
Abraços,
Frei Ademir Sanquetti,
Pároco
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