Queridos paroquianos,
Sejam bem-vindos ao mês de Abril!
Neste mês vamos refletir sobre a Semana Santa e a Páscoa
que se aproxima...
Semana Santa: É a semana do encontro com o Cristo ressuscitado; nas
celebrações litúrgicas, na sua Palavra e na pessoa dos irmãos da comunidade. As
celebrações religiosas são a recordação dos últimos acontecimentos da vida
terrestre de Jesus de Nazaré. Em cada dia da semana recorda-se e atualiza-se um
fato da vida de Jesus.
Domingo de Ramos: Era normal na Antigüidade, a entrada triunfal de um rei, ou
de um general em uma terra conquistada,com o propósito de demonstrar força,
demarcar aquela região como sendo sua e, ainda, humilhar o povo conquistado.
A entrada triunfal
de Jesus em Jerusalém, nas proximidades da Páscoa, foi, em sua vida, a única
manifestação visível, do rei Jesus até entã. Ele tinha recusado qualquer
tentativa de ser glorificado, mas naquele domingo, Ele não só aceitou, como
provocou o acontecimento, cumprindo ao pé da letra a profecia do Antigo
Testamento: “Alegra-te
muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu rei,
justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.”
(Zc. 9:9). No entanto, de modo diferente dos reis guerreiros, Jesus entra em
Jerusalém sobre um jumentinho e não em um belo cavalo, entra de forma humilde,
como um simples homem e não como um general vitorioso. Mesmo assim, enfrenta o
poder judaico, entrando de forma gloriosa em sua capital, invertendo os valores
pautados na religiosidade hipócrita, na injustiça e na força, em especial,
contra os mais necessitados.
Ele mostra claramente que queria ser reconhecido e aclamado como o Messias, rei e Salvador de Israel. O texto do Evangelho registra os traços messiânicos: os ramos (cf. Sl 118.27), o canto de Hosana (que significa: Oh! Salva-nos, Senhor), a aclamação de Jesus como Filho de Davi e Rei de Israel.
Assim, a história
de Israel chega ao seu fim, uma vez que o seu sentido era o de anunciar e
preparar o Reino de Deus, a vinda do Messias. Esse é o dia em que isto se
cumpre, pois eis que o Rei entra em sua cidade santa e nele todas as profecias
e toda a espera de Israel encontram seu término: ele inaugura seu Reino.
Para
nós, proclamamos que o Cristo é nosso Rei e nosso Senhor; Jesus é o nosso
Salvador; que nós somos cidadãos de seu Reino, e que nós prometemos colocar
nossa fidelidade a esse Reino acima de qualquer outra. O que ele espera de nós,
é um real acolhimento do Reino que ele nos trouxe.
Quinta-feira Santa
(manhã): A bênção dos santos
Óleos e a consagração do Crisma são ocasião para reunir o clero em torno do Bispo.
Assim, a Quinta-feira Santa torna-se um dia sacerdotal, com a renovação das
promessas próprias dos sacerdotes. E a concelebração durante a ceia vespertina
é um sinal da unidade do sacerdócio.
Quinta-feira
Santa (noite):
A quinta-feira Santa é um dia alegria, amor e gratidão. Recorda-se o exemplo de
Jesus que quis lavar os pés dos discípulos, dando-nos o testemunho de serviço e
humildade. Recorda-se principalmente a celebração da Ceia do Senhor, na qual
ele se dá como Pão da Vida e Vinho da Salvação. Foi nessa ceia de despedida que
ele nos deixou o sacerdócio ministerial, para a perpetuação de seu Corpo e
Sangue no meio de nós como Presença de Compromisso, Partilha e Missão.
A Adoração ao Santíssimo Sacramento,
que se faz ao fim da Ceia do Senhor, permaneceu como costume de acompanhar a
memória de Jesus na angústia e na agonia daquela noite.
Sexta-feira Santa: Celebração da
Morte do Senhor. Nesse dia não há missa, apenas a comemoração da Paixão e Morte
do Senhor. Essa atitude de respeito pelo jejum, abstinência, tristeza e
silêncio é feita na esperança. Pela morte veio a Vida; pelo fracasso aparente,
a salvação dos homens.
O Mistério da salvação dos homens
pela morte do Filho de Deus é loucura para quem vive numa sociedade de consumo,
de produção, de sucesso e de glórias efêmeras. Mas aquilo que é loucura de Deus
é mais sábio que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte que os
homens (1 Cor 1,25).
Sábado
Santo, a celebração da Vigília: É o início da comemoração da Ressurreição
do Senhor. Esse fato é a nossa vitória, garantia de nossa fé. As cerimônias são
um convite à alegria, à esperança. A benção do fogo novo, tirado da pedra, é
símbolo da luz, da fé que procede de Cristo, pedra fundamental da Igreja.
Nesta celebração também há o Círio
Pascal, que provém do costume romano de iluminar a noite com muitas lâmpadas.
Essas lâmpadas passam a ser símbolo do Senhor ressuscitado dentro da noite da
morte. Originalmente o círio tinha a altura de um homem, simbolizando Cristo luz
que brilha nas trevas.
A noite do sábado
santo é especial e solene, é denominada também como Vigília Pascal.
É considerada “a
mãe de todas as santas Vigílias”, pois a Igreja mantém-se de vigia à espera da
ressurreição do Senhor e celebra-a com os sacramentos da iniciação cristã.
Esta
noite é “uma vigília em honra do Senhor” (Ex 12, 42). Assim, ouvindo a
advertência de Nosso Senhor no Evangelho (cf. Lc 12, 35), aguardamos o retorno,
tendo nas mãos lâmpadas acesas para que, ao voltar, nos encontre vigilantes e
nos faça sentar à sua mesa.
Domingo de Páscoa: A celebração desse dia é plena de alegria e
esperança. As leituras são sempre as mesmas em todos os ciclos anuais. A
sequência pascal marca a emoção e a esperança da comunidade. Jesus Cristo é o
vencedor da Morte, Ele rompeu as barreiras do tempo e do espaço.
Páscoa é uma
palavra hebraica que significa passagem. O Senhor passou pela paixão, da morte
à vida, e fez-se caminho dos que creem na sua ressurreição, para que também nós
passemos da morte à vida.
Abraços a todos,
Frei Ademir Sanquetti
Pároco
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