Neste ano, o objetivo da Campanha da Fraternidade é colocar em discussão nas dioceses e comunidades, temas como mudanças climáticas, efeito estufa, a questão energética, desenvolvimento, preservação da vida, agronegócio, biodiversidade e a água.
O cartaz
O cartaz da CF 2011 possui dois planos: ao fundo observa-se uma fábrica que solta fumaça, poluindo e degradando o ambiente e deixando o céu acinzentado.
Logo abaixo, a figura do rio com a água escurecida e suja representa também a parte natural sendo devastada, o que influencia no aparecimento das enchentes e no aumento do nível do mar. Ações estas, provocadas pelo ato errado do homem.
Em contraste a isso, vemos em primeiro plano uma mureta, onde em meio à devastação ainda existe vida. Nela, um pequeno broto e um cipreste (hera), com suas raízes incrustadas criando um micro ecossistema. Ainda insistem em viver mesmo diante de um cenário áspero.
Sendo, portanto, referência ao lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).
Apesar de todo o sofrimento que a criação enfrenta ao longo dos tempos, de todos os seus 'gritos de dor' – a vida rompe barreiras e nos mostra que ainda existe esperança, representada pela borboleta, que mesmo com uma vida curta, cumpre o seu importante papel no ciclo natural do planeta.
O planeta terra é a nossa casa comum, pela qual todos devemos zelar. O problema é que, ao invés de cuidar, estamos abusando, explorando e destruindo a terra. Não podemos nos calar diante do desmatamento irracional, da poluição das fontes, dos rios e dos mares, da degradação da biodiversidade, da extinção de espécies de animais, da depredação das reservas ecológicas, do acúmulo do lixo, do descarte de resíduos tóxicos, do uso abusivo da terra, da dependência crescente dos combustíveis fósseis, da intoxicação dos alimentos.
Somos chamados a descobrir na beleza da natureza os sinais do mistério, do amor e da bondade de Deus. São Francisco de Assis eleva o nosso ser a Deus em ação de graças, com o seu cântico das criaturas.
Devemos zelar pela natureza não apenas para defender a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos. Devemos, sobretudo, proteger o homem da destruição de si mesmo.
Frei Ademir Sanquetti - Pároco
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