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São Francisco de Assis e Nossa Senhora Aparecida


Queridos paroquianos,

Sejam bem-vindos ao mês de outubro, dedicado a São Francisco de Assis e Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
Nesta edição do Timoneiro quero refletir com vocês um pouco da história destes dois santos de nossa Igreja e padroeiros de duas comunidades da Paróquia São Paulo Apóstolo.

 

Pregador e pacificador

Francisco era direto e simples, longe da eloquência sacra de seu tempo, mas afirmam que sua sinceridade e compreensão das dificuldades da vida popular, sua habilidade em evocar imagens ilustrativas vivazes em pequenas parábolas ou histórias retiradas de suas experiências do cotidiano entre o povo e sua capacidade de apresentar a doutrina cristã de forma inteligível, faziam que seu discurso tivesse um efeito persuasivo profundo. Fazia uso do humor e de uma atuação que tinha muito de teatral, a fim de que a mensagem se fizesse mais acessível e atraente.
Sua paciência e bondade para com todos fizeram com que fosse procurado constantemente por pessoas de todas as posições sociais que iam a ele em busca de conselho e orientação. A todos instruía na melhor forma de alcançar a salvação na condição em que se encontravam.
Nas missões, pessoalmente, conseguiu a paz em vários conflitos internos nas cidades italianas de Arezzo, Peruggia, Siena, Gubbio e Bolonha e, pouco antes de morrer, já gravemente enfermo, fez a paz entre o Bispo e o poder civil em Assis.
Como Cristo recomendara a seus apóstolos que em cada casa em que entrassem dissessem: "Que a paz do Senhor esteja nesta casa", usualmente Francisco costumava iniciar e terminar suas prédicas com a proclamação da paz.




Padroeira do Brasil

Em 1917, no rio Paraíba, os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas.
João Alves, o mais jovem, chegou a exclamar: "será que pescaram todos os peixes do rio e não nos avisaram?". E no silêncio da madrugada só se ouvia o riso humorado dos três, que sem compreenderem o que acontecia, comentavam o fato com tranqüilidade de espírito e plena aceitação da ocorrência. Sem dúvida, precisavam dos peixes e lutavam tenazmente para consegui-los, mas aceitavam com dignidade o fracasso da pescaria.

Quando estavam no porto de Itaguaçú, o suor brotava de suas fontes morenas, queimadas pelo sol, enquanto perseverantemente insistiam na pescaria. E aí aconteceu o imprevisível...

João Alves após lançar a rede em busca dos peixes se depara com o corpo de uma pequena imagem de barro, sem cabeça, embaraçada nas malhas da rede. Examinou-a com cuidado e mostrou-a aos outros dois que, como ele, ficaram admirados com o achado. Envolveu-a na sua camisa e colocou-a num canto do barco.
Remando um pouco mais para alcançar outra área, decidiu lançar a rede em busca dos peixes. Seus companheiros silenciosamente observavam, quando aconeceu outra surpresa ...
Uma pequena bola de barro, bem menor que as malhas da rede, vinha embaraçada nela. Cuidadosamente removeu o lodo com a mão e viu tratar-se da cabeça da imagem! Era uma santa feita de barro escuro, a imagem de uma senhora.
Repleto de expectativa e curiosidade, lentamente o pescador começou a recolhê-la e, logo de início, observou algo anormal, um peso volumoso que a pressionava para baixo e quase arrastava o barco. Com dificuldade, os três se juntaram e puxaram a rede retirando-a do rio. Que maravilha! A rede estava repleta de peixes.
Depois de muitos anos...
O local onde Nossa Senhora Aparecida foi encontrada virou um Santuário que recebe milhões de fiéis todos os anos (veja mais sobre o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida na matéria sobre a nossa romaria). Neste ano, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco visitou o Santuário.
Emocionado, o Papa disse em sua homilia durante Missa no Santuário : “Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós, como a rainha”


Que, assim como o Papa Francisco, nós também possamos bater à porta da casa de Maria, pois Ela nos abrirá e nos fará entrar.
Que alegria!

Abraços a todos,
Frei Ademir Sanquetti

Pároco

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