Irmão e irmã, paz e bem! Estamos há alguns dias na Quaresma. Por isso, proponho que paremos um pouco diante de um símbolo muito pertinente nesse tempo litúrgico: a CRUZ. A cruz não está em oposição à alegria. Pois o sentido da “perfeita alegria”, garante S. Francisco, passa por ela. Falar de alegria desconsiderando a cruz é falar de Páscoa sem Quaresma. A cruz aparece como sinal no horizonte da ressurreição, realidade que dá sentido à alegria de ser cristão.
A palavra cruz em nossos dias causa desconforto. Há uma tentativa de deletar a realidade da cruz da vida humana. Mas, ainda assim ela existe e está aí a nos interpelar. Ignorá-la não é atitude correta de quem deseja compreender realmente o cristianismo e o mistério da encarnação. A cruz não pode ser ignorada nem compreendida ingenuamente. Para o cristão ela representa uma forma de vida.
“A entrega de Jesus na cruz é apenas o culminar de toda a sua vida. Fascinados por esse modo de viver, queremos inserir-nos na sociedade, partilhando a vida com todos, ouvindo as suas preocupações, colaborando nas suas necessidades, alegrando-nos com os que se alegram, chorando com os que choram e comprometendo-nos na construção de um mundo novo” (EG). Assim, somos chamados a ser, uns para os outros, verdadeiros “cirineus”, partilhando mutuamente o peso da cruz de cada dia.
Esse ano, a Campanha da Fraternidade nos apresenta o Diálogo como expressão de amor e força de unidade. Caros paroquianos (as), percorramos, sob a força do Espírito Santo e em fraternidade, o nosso itinerário quaresmal cuja meta é conduzir-nos até as alegrias pascais.
O Senhor vos abençoe e vos guarde!
Frei Silvio T. Werlingue, ofm
Pároco
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